O pânico dentro de água O pânico dentro de água D.R quarta-feira, 22 outubro 2014 14:36

QUANDO SURFAR É PIOR QUE ENTRAR NUM CENTRO COMERCIAL AO DOMINGO

Todo o cuidado é pouco quando se está a surfar 

 

O surf está a crescer. Segundo dados da Associação Nacional de Surfistas (ANS), estima-se que a indústria do surf represente 400 milhões de euros para a economia nacional. Há cada vez mais praticantes, aumentando consequentemente o crowd dentro de água. Bom para a indústria, mau para os surfistas. Passamos a explicar.

 

Claro que nada se compara ao que se passa em certos spots na Austrália ou até mesmo no Havai, onde o localismo impera, mas em Portugal já tem havido um caso ou outro mais grave deste tipo de manipulação e reinado.

 

Mesmo que nunca se tenha passado diretamente connosco, quantas vezes estamos a surfar e assistimos a discussões por alguém ter dropinado (roubado – pelo menos é assim que muitos entendem) uma onda? Ou até mesmo reclamarem com as escolas de surf por estarem naquele spot a leccionar? A história “o mar é de todos” não pega com muitos surfistas e a verdade é que nunca sabemos com quem estamos a lidar. Por isso, há que ter em conta alguns aspectos:

 

Ter sempre atenção às regras da prioridade Na estrada, quando estamos a conduzir, também dividimos o percurso com outros condutores e ninguém se atropela por causa disso. Porquê? regras. Pode ser tontice, porque estamos a falar da natureza, mas no surf também há regras e se não forem cumpridas podem acontecer acidentes muito graves.  Se estão a começar agora e têm dúvidas na matéria, perguntem aos professores. Aliás, eles devem ter sempre isso em conta e ensinarem os alunos as regras da prioridade dentro de água.

 

Respeitar os locais… Se soubermos que o são Há muitos surfistas locais que se acham o dono do pedaço e por isso, nunca dão oportunidade aos outros. Mais vale não se irritar e deixar fluir. Ondas há muitas, mesmo que aquela fosse a tal…. haverá mais acreditem. Afinal só queremos curtir. Fazer-lhes frente pode acabar com uma ida ao hospital ou à esquadra.

 

Garantir que ninguém vai entrar na onda Sabemos que esta é difícil (Ou nos concentramos na onda ou em ver se alguém vai arrancar), mas tem mesmo de ser e como diz a música dos Deolinda: “O que tem de ser tem muita força”. Quando a onda se aproxima, vejam se há mais alguém a virar a prancha em direção a terra para a apanhar e vejam se essa pessoa tem prioridade. Mesmo que não tenha, cuidado, pois o próprio surfista pode não saber que está alguém com prioridade a entrar na onda.

 

Só porque foi um acidente não faz com que esteja tudo bem Todos os actos são resultado de uma decisão que se tomou e isso traz consequências. Se for necessário, mais vale sair do line-up e pedir desculpa pessoalmente e verificar se é preciso alguma ajuda.

 

Pedir desculpa é sempre importante Um pouco na sequência do ponto anterior, mas aqui referimo-nos aos que gostam de chamar a atenção, mesmo que não tenham razão. É sempre importante pedir desculpa. Mostra humildade e superioridade.

 

Escolher as que vêm fora do set Se não estamos à vontade lá dentro ou se não temos muita experiência, mais vale escolher as ondas que vêm fora do set. Além de ninguém as querer, ou seja, o risco de dropinar é menor, são mais pequenas e muitas vezes até dá para o surfista se divertir e treinar alguns erros que se comete.

Itens relacionados

Perfil em destaque

Scroll To Top