VENCEDORES DO RIP CURL PENICHE 2013

Circuito de Surf e Bodyboard by PPSC aconteceu este fim de semana.




Supertubos acolheu este fim de semana a 3ª e última etapa do RIP CURL Peniche 2013 - Circuito de Surf e Bodyboard by PPSC, com ondas perfeitas de 2 metros. 

 

João Kopke em Surf Open, Hugo Nunes em Bodyboard Open, Duarte Baltazar em Surf Sub-15 e Beatriz Almeida em Surf Feminino foram os grandes vencedores da derradeira etapa do Circuito de Surf e Bodyboard do clube local.

 

Nuno Silva (Surf Open), Silvano Lourenço (BB Open), Nuno Baltazar (Surf Sub 15) e Beatriz Almeida (Surf Open Feminino) sagram-se os grandes vencedores do circuito de 2013 do Peniche Surf Clube.



A praia de Supertubos, em Peniche, “Capital da Onda”, brindou assim os competidores com condições épicas, sendo opinião unânime entre competidores e público presente, que este foi um dos campeonatos realizados em Portugal com as melhores ondas de que há memória. Supertubos provou mais uma vez porque tem sido o palco escolhido da etapa portuguesa do WT o Rip Curl Pro Portugal, desde 2009.



Ondas perfeitas e pesadas, muita qualidade de surf, ambiente excelente na praia, onde não faltou uma assada nos dois dias de prova oferecida a todos os presentes pelo clube local, transformam este evento numa prova memorável para a mais de meia centena de inscritos.



A organização optou por utilizar um esquema de prova baseada em rankings, o que permitiu aos atletas surfarem no mínimo duas vezes, nos escalões de Surf Open e BB Open. O somatório das pontuações dos heats das primeiras rondas permitiu aos primeiros classificados do ranking serem apurados para a ronda seguinte.

 

Primeiro dia de competição
No sábado o check-in foi marcado para a praia de Supertubos pelas 7h30m e cedo se percebeu que as condições estavam de gala. A competição iniciou-se com ondas perfeitas de 1 metro, mas ao longo do dia as ondas foram aumentando e no final os sets atingiam já os 1,5m, com ondas pesadas e tubos perfeitos. O dia de competição começou com a 1ª ronda de Surf OPEN e acabou com as três primeiras baterias da 2ª ronda da mesma categoria.



Logo na segunda bateria, João Kopke tem uma onda excelente de 9,17, tendo tido ainda uma nota de 8,33 na última bateria do dia.



Daniel Fonseca, em BB Open, foi o homem do dia, ao fazer várias ondas excelentes, com principal destaque para uma onda de 8,33 na primeira ronda e uma onda de 8,67 na segunda ronda, o que lhe valeu a liderança do ranking com um score combinado de 28,03 (14,00+14,03).



Ainda no sábado foram realizados os quartos-de-final da categoria de SURF SUB 15, onde se destacaram o figueirense Francisco Simões, João Galeão, Tiago Santos e Duarte Baltazar.


Segundo dia de competição
O domingo, segundo dia da competição, amanheceu com ondas inacreditáveis na praia de Supertubos, com ondas perfeitas de +2m, num dos melhores dias do ano. A prova teve início às 08h15m, com a segunda ronda do SURF OPEN, destacando-se Guilherme Fonseca com uma onda de 7,83. Nos quartos-de-final as condições eram ainda melhores, com os sets com ondas super tubulares e perfeitas de mais de 2m.

Logo no primeiro heat Edgar Nozes (1º com 15,27) e Vasco Narciso (2º com 14,77) abrem as hostilidades, com pontuações. O primeiro faz 8,3 e 6,93, contra 7,83 e 6,93 do segundo classificado.


Na bateria seguinte o jovem campeão de todas as categorias em que competiu no circuito de esperanças, Guilherme Fonseca, mostra o porquê de supertubos ser a sua onda preferida, ao arrancar um 8,83 na sua primeira onda e 9,10 na última onda do heat, com um impressionante score final de 17,93, que foi o maior score de todo o evento e em todas as categorias, tendo o soul surfer Diogo Gonçalves ficado em 2º com 10,33.


O carismático Nuno Silva (1º com 13,67), levou a melhor sobre João Kopke (2º com 11,7), tendo marcado posição logo na sua primeira onda com uma pontuação de 7,17, na penúltima bateria desta fase. Na quarta bateria Pedro Santos “Kid”, que este ano regressou e grande forma à competição, ficou em primeiro, seguido de perto pelo jovem Luís Lucas.


Logo de seguida as meias-finais de BB Open, com um show de tubos, manobras super arriscadas e scores muito elevados. Na primeira meia-final Daniel Fonseca (1º com 17,67) e João Machado (2º com 15,83) dominam por completo a bateria, sendo que o primeiro teve a melhor com 9,50, a segunda melhor onda de 8,17 e ainda uma terceira de 7,00 pontos. João Machado teve a melhor onda de 9,33 e a segunda melhor de 6,5 pontos.



Na segunda meia-final, uma bateria que oporia os históricos Hugo Nunes (1º com 16,50), campeão nacional em 2004 e por duas vezes vice-campeão, Silvano Lourenço (2º com 11,33), que entre outros títulos foi campeão europeu em 2007, com os mais jovens Pedro Levi Silva (3º com 11,17) e Rodolfo Pinto em 4º. Pedro Levi fez a onda da bateria, um tubo incrível que lhe valeu 9,40. O vencedor fez dois scores elevados de 8,83 e 7,67.



Seguiram-se as meias-finais de SURF SUB 15, tendo os mais jovens demonstrado uma grande coragem para enfrentarem as super tubulares e potentes ondas dos Supertubos.


Finais para todos os gostos
Na final e com ondas fabulosas, o jovem surfista do clube local, Duarte Baltazar foi o grande vencedor com um score combinado de 15,00 pontos, tendo obtido pontuações impressionantes de 8,00 na sua melhor onda e 7,00 na sua segunda melhor. Tiago Santos foi segundo classificado com 11,67, João Galão e Francisco Simões foram 3º e 4º classificados, respetivamente. Com esta vitória Duarte Baltazar sagrou-se o grande vencedor do circuito, tendo ganho as três etapas.

 

Duarte Baltazar disse no final que “O campeonato esteve muito bom. A organização fez um bom trabalho desde a primeira etapa, pois tentou sempre proporcionar as melhores ondas e este foi o campeonato com as melhores ondas. Estou muito feliz.”



No Surf Feminino Beatriz Almeida impôs-se à ainda muito jovem Rita Jorge, de apenas treze anos e sagrou-se a grande vencedora do circuito do Peniche Surf Clube. Rita Jorge acaba o circuito no seu ano de estreia em 3º lugar. A vencedora afirmou que “foi um campeonato muito bom. Queria agradecer à organização e às ondas dos Supertubos, estiveram altas ondas nos dois dias, e à 58 pelo seu apoio.”


Regressando ao SURF Open, realizam-se as meias-finais. O ambiente na praia está ao rubro. Os atletas reunidos à volta de um grelhador com alimentação oferecida pelo clube local, socializam e o comentário generalizado é “estão altas ondas. Isto está brutal”. Ouvem-se com frequência gritos de apoio aos atletas que estão a competir. Os tubos estão incríveis.


Logo na primeira bateria Edgar Nozes marca posição e com a garra característica deste surfista do top 16 nacional, faz duas ondas com pontuações de 7,50 e 7,00¸o que lhe garante um resto de bateria mais descontraído. Outro atleta do top 16, João Kopke, não se conforma e vai à luta, os heats disputam-se até ao fim! Na sua terceira onda da bateria faz a melhor pontuação com um 7,93, e quando se pensava que a bateria estaria resolvida faz 7,23 na sua última onda, tendo ficado em primeiro com um combinado de 15,17. O bi campeão nacional de sub 16, Guilherme Fonseca tenta pressionar e embora com uma excelente onda de 7,70, após situação de interferência sobre o segundo classificado, não tem uma segunda onda, pelo que se ficou pelo terceiro lugar, com 9,27 no combinado. Luis Lucas não consegue encontrar as melhores ondas fica em quarto lugar.


A expectativa é grande para a segunda meia-final. Os altamente conhecedores da onda de supertubos e um rookie com muita coragem para enfrentar ondas muito pesadas. Diogo Gonçalves (1º com 8,08) e Nuno Silva (2º com 7,03) levam a melhor sobre Pedro Santos “Kid” (3º) e Vasco Narciso (4º).

Descansam os surfistas para a derradeira bateria. E tem início a final de BB OPEN, com alguns dos melhores bodyboarders nacionais. Neste lote extraordinário, há um Campeão Europeu, um Campeão Nacional Open e um Campeão Nacional de Esperanças em todas a categorias, pelo que a expectative é grande.


Hugo Nunes (1º) e João Machado (2º) fazem as honras da bateria, obtendo duas pontuações elevadas logo na primeira onda, com 9,00 pontos (melhor onda da final) e 8,00 pontos, respetivamente. O vencedor inda haveria de fazer mais dois scores elevados de 8,33 e 7,00 pontos. Silvano Lourenço consegue duas boas ondas de 6,77 e 6,50, garantindo desta forma o 3º lugar e a vitória no circuito do Peniche Surf Clube. Daniel Fonseca ficou em quarto lugar com dois scores de 7 e 5,50.


É chegado o momento da final de SURF OPEN. Dois locais muito experientes nos Supertubos, contra dois surfistas do Top 16 nacional, um jovem de 18 anos versus a experiência dos outros atletas. Estavam reunidas as condições para mais uma final espetacular a par da final de BB que a antecedeu.

 

Mais uma vez Edgar Nozes marca o ritmo. Um tubo profundo numa das maiores ondas surfadas na final, valem-lhe o melhor score da final, um 9,10, no entanto fica-lhe a faltar uma boa segunda onda, acabando em terceiro lugar. João Kopke responde com um 6,83 e um 9,00, na segunda e terceira ondas e ainda faz mais uma onda de 6,67, mostrando que estava ali com um único objetivo, ganhar. Nuno Silva consegue duas boas ondas de 7,43 e 6,50, garantindo assim o segundo lugar. Diogo Gonçalves, um dos maiores especialistas desta onda, não se conseguiu encontrar as melhores ondas e com uma interferência ficou num excelente quarto lugar para um soul surfer.


Para João Kopke “foi resumidamente o campeonato com as melhores ondas que já apanhei em competições e fiquei surpreendido com o nível das pessoas que são locais e que conhecem a onda dos super. Foi sempre um desafio passar os heats. Foi um enorme prazer ganhar aqui nestas condições fantásticas.”



Uma palavra é devida a alguns históricos do surf penicheiro, e é de enaltecer a sua participação neste regresso do clube local à organização de eventos, e nomes como Acácio “Lélé” Grandela, Hugo Amado, Pedro “Kid” Marques, Diogo Gonçalves, Paulo Ramos, Nuno Silva, Silvano Lourenço, Hélio “Laranja” Conde, Hugo Nunes, Armindo Boto, Filipe Cardoso, João Machado e mais alguns, brindaram os mais novos com a sua presença, dando-lhes pontos de referência que se estavam a perder, reviveram velhas histórias de praia, divertiram-se e elevaram a qualidade do surf praticado, o que é extremamente importante para que se passe a mística do que é ser surfista de Peniche e do que é pertencer ao PPSC – Peniche Surf Clube.

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